Fernando A Freire

Amar a dois sobre todas as coisas

Textos

RELÓGIO DO SÉC. XVII MARCA A HORA DO TERROR

 

 

Trogloditas  não precisam saber das horas,

não têm memória.

Nas cavernas, vagos resquícios da sua história.

 

Agora,

cataram alguns dos seus imitadores excêntricos,

ainda nus, inocentes,

e os vestiram "patrioticamente"

com as cores e tecido da briosa bandeira brasileira.

 

Despejaram todos, com os seus matulãos,

no centro do poder da nação.

O que era cercadinho virou grande curral:

porteiras abertas para um bizarro desfile nacional.

 

Bandeiras bundeiras, triste destino do nosso pendão!  

No chão, disentéricas sujeiras.

Não havia jornal: "não faz mal"...

Limparam-se com a bandeira nacional.

Depois, como sempre o fizeram,

atiraram nossa bandeira numa lixeira. 

 

De resto:

o fedor do horror, do terror e do desamor.

Assustadoras cenas que o velho relógio marcou. 

Relíquias não têm sentido

nas mãos de um ser bandido,

estúpido e sem valor, que o espatifou.

 

Se os servidores e esquisitos seguidores do "mito"

cumprissem os seus deveres,

talvez tivessem encontrado outra forma

- menos dolorosa, menos trágica e menos desonrosa -

de se despedir da sede da Praça dos Três Poderes !!!...  

 

Livremo-nos deles !

Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 16/01/2023
Alterado em 24/01/2023


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